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Mineração movimenta R$ 1,7 bilhão no Tocantins em 2023 e aquece economia local

  • Foto do escritor: davisamaires
    davisamaires
  • 17 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de abr.

A mineração no Tocantins se destacou em 2023, movimentando aproximadamente R$ 1,75 bilhão, de acordo com dados divulgados pela Agência de Mineração do Estado do Tocantins (Ameto). Esse valor representa um crescimento de 21,11% em relação a 2022, consolidando o setor como um dos pilares da economia tocantinense.

Entre os principais produtos extraídos estão ouro, esmeraldas, calcário, brita, areia, fosfato, ferro, gipsita e materiais para construção civil. Cidades como Palmeirópolis, Almas, Monte do Carmo, Natividade e Arraias concentram importantes projetos mineradores no estado. Atualmente, o Tocantins possui mais de 30 projetos estratégicos, com investimentos previstos de R$ 4 bilhões até 2027.


Além do impacto financeiro, a mineração tem gerado milhares de empregos: são 26.760 vagas diretas e indiretas, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM). A Ameto destaca que, para cada emprego direto no setor, são gerados outros 11 indiretos, o que fortalece a economia das cidades do interior.


Em Monte do Carmo, por exemplo, a presença da mineradora peruana Hochschild Mining, que investiu R$ 1,4 bilhão em um projeto de mina de ouro, já tem transformado o dia a dia da cidade. Pequenos comerciantes relatam aumento no movimento, mas também demonstram preocupação com a infraestrutura local.

"Tem a vantagem do desenvolvimento [econômico], mas também tem a desvantagem. Porque a cidade não tem estrutura para receber esse impacto", disse Eva de Jesus Magalhães, moradora e comerciante local.

Além da movimentação econômica, a arrecadação com a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) também é significativa. Em 2024, o estado arrecadou mais de R$ 30 milhões com esse repasse, distribuído da seguinte forma:


  • Municípios produtores: 60%

  • Municípios afetados: 15%

  • Estado: 15%

  • União: 10%


A ANM esclarece que municípios afetados recebem parte dos royalties caso possuam ferrovias para transporte de minério, portos de embarque e desembarque, ou barragens de rejeito.


A mineração traz, contudo, impactos ambientais e desafios sociais. A instalação de mineradoras próximas a nascentes de córregos, como em Monte do Carmo, gera apreensão entre os moradores. Já se observa aumento na demanda por moradias, deslocamento de trabalhadores para cidades vizinhas e pressão sobre a infraestrutura básica.

A Secretaria de Meio Ambiente do Tocantins afirma que todas as atividades passam por licenciamento ambiental rigoroso. A ANM e a Ameto também fiscalizam os empreendimentos por meio de um termo de cooperação técnica.


O estado busca equilibrar o crescimento econômico com a preservação ambiental, promovendo uma mineração mais sustentável e responsável. A expectativa é que, com os investimentos em andamento, o Tocantins se torne um dos maiores polos mineradores da região Norte, servindo de modelo para o país.







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